Ao final da tarde, caminhei sem tempo e sem destino. A brisa fresca acalmava-me a pele.
Devagarinho, o sol escondia-se no horizonte e a lua aparecia iluminando a noite e fazendo-me companhia!
Nas árvores, mil chilreios de aves em demanda por um lugar para pernoitar. No campo, os insectos num coro afinado, cantavam melodias que ecoariam até ao amanhecer.
Naquela paisagem repleta de tranquilidade, parecia que nada faltava. Não. Havia um lugar vazio... o teu.
Sabes... imaginei que estavas lá. Caminhávamos de mão dada, lado a lado, no mesmo sentido, pela noite dentro até ao horizonte, inalando as partículas inebriantes do teu perfume que o vento espalhava à nossa volta. E assim, bem juntinhos, mais de perto e em silêncio, pudemos observar a beleza deslumbrante que só para dois, o pôr-do-sol revela.
Para além da lua, que fazia resplandecer o teu rosto, também as estrelas pareciam sorrir! Tantas! Não hesitei e escolhi uma só para ti.
Por fim, dançámos ao som da nossa música, aquela... lembras?
E rimos, rimos...
De quê?
De felicidade, "apenas"...