Há muito que não me detinha neste espaço!
Será que só quando estou triste me apetece fazê-lo?
Não é só, mas também é. Afinal este é o meu cantinho, o meu porto de abrigo... o muro onde encosto a cabeça porque me apetece chorar...
Em surdina, derramo palavras que não digo...
Em silêncio, elas perpassam e ultrapassam o meu querer... desfazem sonhos como castelos de areia, construídos pelas mãozinhas frágeis de criança e que o mar, impiedoso, arrasta para bem longe...
Procuro a luz no luar macilento que não ilumina nem aquece, mas confunde... Quis fugir da sombra e, sem querer, entrei na noite pela mão do medo...
E estavam bem cheias as minhas mãos! Uma de alegria, outra de esperança.... que o medo me fez perder.
Vou procurar na noite a alegria, sem esperança....para quê?