...têm as palavras?
Doces, maravilhosas, sensíveis,...
Depois do silêncio?
Aviãozinho de papel lançado para aterrar na pista de um sonho?
Algodão... doce que derrete e logo desaparece?
Balão colorido que se solta da nossa mão?
Palavras em vão?
Não!
No silêncio consigo ouvi-las...
No vazio consigo senti-las...
Mas sem sentido?
O tempo... o vento... as levará!
Porque deixam, pouco a pouco, de se agitar as nossas bandeiras?
Nossa referência, nosso exemplo, porto de abrigo disponível para acolher, confortar, aconselhar, gostar, criticar, repreender, desculpar... sempre com muito amor!
As cores que, inicialmente eram vivas e atraentes, vão-se esfumando, esbatendo e elas ficam tão frágeis!
O tempo vai desfiando as nossas bandeiras... tira-lhes não só a cor mas também o brilho, a leveza, a agilidade, rouba-lhes tudo... o que tiveram e o que foram.
O tempo é ingrato, retira os nossos sinais e diz-nos:
- Agora vai, descobre o teu próprio caminho e iça as tuas próprias bandeiras!
É assim numa sucessão que, por mais repetitiva, jamais a aceitaremos!
- Porquê? Perguntamos!
Porque sofremos tanto quando deixamos de vislumbrar o carácter peculiar daquelas que foram os nossos pontos de referência? Faróis sempre ligados que nos guiaram e indicaram o melhor percurso!
Que fazer quando o vento continua a soprar e as nossas bandeiras já mal se agitam?
Apenas continuar a amá-las!
Continuar a amá-las é respeitá-las! É dizer-lhes: OBRIGADA!